O LOUVOR É TRANSCEDENTE

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Quase 40% dos jovens entre 16 e 24 anos são evangélicos

Os números mostram o crescimento dos evangélicos em comparação ao Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Quase 40% dos jovens entre 16 e 24 anos são evangélicos
O instituto de pesquisas Data Popular ouviu, no mês de maio, 1.501 pessoas em 100 cidades de todas regiões do país para saber qual a religião preferida dos brasileiros entre 15 e 24 anos. Segundo o levantamento, 37,6% dos jovens entrevistados se declararam evangélicos, 6,7% de outras religiões e 11,5% afirmaram não possuir religião.
Os números mostram o crescimento dos evangélicos em comparação ao Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que apontava um percentual de 63% de católicos entre os jovens com idades entre 15 e 24 anos. Segundo a pesquisa, os católicos representam hoje 44,2% nesta faixa de idade.
Dos 190,7 milhões brasileiros, 34,1 milhões são jovens entre 15 e 24 anos. O país tem 123,3 milhões de católicos, sendo 21,8 milhões jovens. Segundo o IBGE, o percentual de católicos no país recuou de 73,6% em 2000 para 64,6% em 2010.
A pesquisa também aponta que o crescimento dos evangélicos está relacionado, principalmente, devido à entrada nas classes C e D, que possuem o maior número de jovens. Segundo o presidente do Data Popular, Renato Meirelles, as novas formas de tecnologia utilizadas pelos evangélicos é um exemplo da vantagem que possuem em relação aos católicos.
“Hoje você vê funk gospel, samba gospel – modelos que só mais recentemente começamos ver na Igreja Católica”, avalia.
Meirelles também destacou o crescimento acentuado dos evangélicos, apontado já no Censo de 2010. Segundo ele, os números do Data Popular confirmam a queda católica também entre os jovens.
Frequência na igreja
Os evangélicos são proporcionalmente os mais assíduos à igreja, segundo a pesquisa. Entre os brasileiros com 18 anos ou mais, 52% responderam ter ido mais de quatro vezes no mês à igreja, 34% de uma a quatro vezes e 14% nenhuma. Entre os católicos, 48% afirmaram não ter ido nenhuma vez à igreja no último mês, 45% disseram ter ido de uma a quatro vezes e 7% mais de quatro vezes. Com informações G1.

Fonte: Gospel Prime
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PAPA FRANCISCO, O FALSO PROFETA



 Foto: AFPPor Ronaldo Alves

"Deus os perdoe pelo que fizeram!" - palavras do Papa Francisco aos cardeais que o elegeram.


Pelo fato do Papa "emérito" Bento XVI(emérito quer dizer, aposentado), estar vivo, seria ele ainda Papa de fato e de direito, já que só deixa seu título quando morre. Sendo assim, um Papa não perde seu poder papal, aposentando-se. Portanto, o Papa Francisco, quanto o conclave que o elegeu, seriam ilegítimo.

Segundo o portal Terra a "Renuncia de Bento XVI cria 'dilema de legitimidade' para o novo Papa."

Segundo o teólogo Enrico Maria Radaelli, ao elegerem Jorge Mario Bergoglio, a Papa, estariam elegendo um antipapa ou impostor.

Na sua carta ao Professor Baumgartner, o Cardeal Mario Luigi Ciappi revelou: "No Terceiro Segredo de Fátima (por isso eles mantém em segredo para continuar enganando os fiéis) é predito, entre outras coisas, que a grande apostasia na Igreja (Católica) começará pelo cimo."Isto corresponde ao que o Livro das Lamentações revela: "Nunca acreditariam nem os reis da terra nem nenhum dos habitantes do mundo que algum inimigo ou adversário transporia as portas de Jerusalém." O que está predito é que os partidários do demônio ocuparão a Cúria Romana sob um antipapa maçônico.

Bento XVI disse que renunciou porque sentiu que não poderia cumprir com os compromissos de seu cargo - e os mesmos motivos foram alegados por Pietro da Morrone, em 1294 , o papa Celestino V, que renunciou apenas seis meses depois de assumir a liderança da Igreja Católica. 


Morrone queria voltar a sua ultima função, a de "ermitão", porém Bonifácio VIII, seu sucessor, achou prudente prendê-lo em um castelo pelo resto da vida, temendo que seus desafetos se reunissem em torno do ex-papa. Bento XVI, assim como Morrone, estará monitorado de perto pela "Santa Sé".


O que não faltou foi oposição a Bonifácio VIII. A alegação de seus inimigos era que papas não poderiam renunciar. Portanto, Bonifácio VIII não era um legítimo pontífice.

Para que Francisco seja legitimado como papa, Bento XVI, deveria voltar a usar seu nome anterior, cardeal Joseph Ratzinger, após a renúncia, algo que não ocorreu.

O antecessor continua sendo tratado por "Sua Santidade", podendo usar sua vestimenta branca (sem o uso dos sapatos vermelhos dos papas). 

Fica um impasse, Bento XVI, morando no Vaticano, torna-se um "Papa Alternativo". 

Estudiosos escatológicos sustentam a linha de raciocínio, que o Papa Francisco é a continuação do sétimo rei, de Apocalipse 17, já que Bento XVI, ainda vive e continua utilizando o título de Papa emérito. Outro seguimento afirma ser Francisco, o sétimo, pois o Papa João Paulo I, (Albino Luciani), Teria sido eleito pelos conservadores simplesmente para cumprir ordens. Mas, ao demonstrar carisma, liderança e, principalmente, disposição para reformar os quadros e interferir no comando do Banco do Vaticano, teria despertado o receio de determinado grupo de prelados. Portanto, teve seu papado por apenas 33 dias, oficialmente não foi coroado, abdicando de tal feito, não sendo considerado oficialmente rei. Estaria, ainda então, faltando o oitavo rei.
São Malaquias, bispo irlandês do século XII, previu os 112 papas que a Igreja Católica teria até o seu fim e que Petrus, o romano, seria o último Papa. Após a eleição de Francisco, (que pela conta adventista seria o oitavo rei) muitos deram esta profecia como não cumprida. 

Assim diz a profecia: "Na perseguição final à sagrada Igreja Romana reinará Pedro Romano, que alimentará o seu rebanho entre muitas turbulências, sendo que então, a cidade das sete colinas (Roma) será destruída e o formidável juiz julgará o seu povo."

Entretanto, devemos considerar alguns fatos:

1. Francisco de Assis, o santo em quem Bergoglio inspirou-se para seu nome papal, tinha como nome de batismo, Giovanni di Pietro di Bernardone, portanto, o Papa Francisco pode sim ser Petrus, o romano. 

2. Francisco de Assis era de Assis, Itália, uma representação da Roma Antiga. 

Um dos agravantes de Francisco é o fato dele ser jesuíta, a "Companhia de Jesus", ordem satânica que domina os Illuminatis, e que foi o algoz da igreja de Cristo na "Santa Inquisição"

O comentário do Monge de Pádua, cujas profecias sobre os últimos 20 papas foram publicadas em 1527, diz o seguinte sobre o último papa:

"Ele chegará a Roma, de uma terra distante, para encontrar tribulação e morte".

Assim que foi eleito Francisco disse :

"Irmãos e irmãs, boa noite!
Vós sabeis que o dever do Conclave era dar um Bispo a Roma. Parece que os meus irmãos Cardeais tenham ido buscá-lo quase ao fim do mundo… Eis-me aqui! Agradeço-vos o acolhimento: a comunidade diocesana de Roma tem o seu Bispo. Obrigado! E, antes de mais nada, quero fazer uma oração pelo nosso Bispo Emérito Bento XVI. Rezemos todos juntos por ele, para que o Senhor o abençoe e Nossa Senhora o guarde."

Analise comigo! A Igreja Católica com todas as informações espalhadas na internet a respeito do próximo Papa, depois Bento XVI, realmente elegeriam um Papa no Vaticano com o nome de Pedro, segundo a profecia de Malaquias?  É óbvio que não!

Há quem defenda que Francisco seja o último papa em Roma, antes da sua desolação, como diz em Apocalipse, mudando sua sede para Jerusalém, onde o cristianismo começou.

Esta possibilidade faz muito sentido, como sendo a preparação do governo do anticristo. 

Uma curiosidade! O período de tempo de setenta anos é muito relatado na bíblia. Considerando que uma geração é de setenta anos. O Estado de Israel está com 65 anos,  e em 2018, completará 70 anos. O numeral 70 está muito relacionado com Israel na bíblia. Os setenta anos de cativeiro, as setenta semanas...

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terça-feira, 16 de julho de 2013

O CRISTIANISMO NO SÉCULO III



SÉCULO III

A RELAÇÃO DO IMPERADOR TRAJANO COM OS CRITÃOS
Trajano odiava o cristianismo;
Plínio, um de seus governadores enviou uma carta falando sobre como via os cristãos:
"Todo o crime ou erro dos cristãos se resume nisto: têm por costume reunirem-se num certo dia, antes do romper da aurora, e cantarem juntos um hino a Cristo, como se fosse um deus, e se ligarem por um juramento de não co¬meterem qualquer iniqüidade, de não serem culpados de roubo ou adultério, de nunca desmentirem a sua palavra, nem negarem qualquer penhor que lhes fosse confiado, quando fossem chamados a restitui-Io. Depois disto feito, costumam separar-se e em seguida reunirem-se de novo, para uma refeição simples da qual partilham em comum, sem a menor desordem, mas deixaram esta ultima pratica após a publicação do edital em que eu proibia as reuniões, segundo as ordens que recebi. Depois destas informacões julguei muito necessário examinar, mesmo por meio da tortura, duas mulheres que diziam ser diaconisas, mas nada descobri a não ser uma superstição má e excessiva"

HERESIAS E CONFUSÕES
Discussão quanto à volta de Cristo;
Segundo Durant:
“Uma mesma fé unia as congregações esparsas: Cristo, o filho de Deus, voltaria a terra para estabelecer seu Reino, e todos os crentes seriam no Juízo Final recompensa¬dos com a Bem-Aventurança eterna. Mas os cristãos divergiam quanto a data do Se¬gundo Advento. Quando Nero morreu, depois quando Tito arrasou o Templo e mais tarde quando Adriano destruiu Jerusalém, muitos cristãos encararam essas calamida¬des como sinais do Segundo Advento. Quando nos fins do século II o caos ameaçou o Império, Tertuliano e outros julgaram chegado o fim do mundo; um bispo sírio levou seu rebanho para o deserto a fim de receber Cristo no meio do caminho, e um bispo do Ponto desorganizou a vida da comunidade com 0 anúncio da volta de Jesus dentro de um ano). Como todos os sinais falhassem e Cristo não aparecesse, os cristãos de maior descortino procuraram atender ao desapontamento com uma nova in¬terpretação da data da Vinda. Ele viria, sim, mas dali a mil anos, dizia uma epistola atribuída a Barnabé; ele viria, declaravam os mais cautelosos, quando a "geração" ou raça dos judeus já se achasse totalmente extinta, ou depois que o Evangelho tivesse sido pregado a todos os gentios; ou ele mandaria em seu lugar o Espírito Santo, o Paráclito, como anunciara o Evangelho de João.”
O Montanismo;
Segundo Durant:
“Enquanto as seitas gnóstica e marcionita espalhavam-se pelo Oriente e Ocidente, novo he¬resiarca apareceu em Misia. Montano (ca. 156) denunciou a crescente mundanidade dos cris¬tãos e a autocracia cada vez maior dos bispos na Igreja; pediu o retorno a primitiva simplicida¬de e austeridade e restaurou para os membros das congregações o direito de profetizar. Duas mulheres, Priscila e Maximila, caíram em transe - e o que disseram tornou-se o oráculo da sei¬ta. O próprio Montano profetizou com tanta eloqüência que seus seguidores frigios - no mes¬mo entusiasmo religioso que anteriormente havia gerado Dioniso - deram-no como o Parácli¬to prometido por Cristo. Anunciou Montano que o Reino do Céu estava a mão e que a Nova Jerusalém do Apocalipse breve desceria do céu sobre uma planície vizinha. Para essa planície Ievou tanta gente que algumas cidades se despovoaram. (...) A Igreja baniu o montanismo como heresia, e no século VI Justiniano ordenou a extinção da seita. Muitos adep¬tos se fecharam em suas igrejas e incendiaram-nas, morrendo queimados.”
Outras Seitas;
Segundo Durant:
“E não havia fim para as heresias menores. Os Encratitas abstinham-se de carne, vinho e sexo; os Abstinentes praticavam a automortificação e condenavam o casamento como pecado; os Docetistas ensinavam a ver o corpo de Cristo como astralidade, não como carne humana; os Teodotianos consideravam-no apenas um homem; os Adopcionistas e os seguidores de Paulo de Samosata sustentavam que ele nascera homem mas alçara-se a divindade por meio da perfeição moral; os Modalistas, os Sabelianos e os Monarquianos reconheciam uma só pessoa no Pai e no Filho, os Monofisitas uma só natureza, os Monotelistas uma só vontade. A Igreja do¬minou-as graças a sua superior organização, a sua tenacidade doutrinal e melhor compreensão da psicologia e das necessidades dos homens”

ORÍGENES: O MAIS CULTO DE SUA ÉPOCA
Nasceu em um lar cristão;
Seu pai foi preso e morto pelos Romanos em uma perseguição á igreja;
Orígenes era considerado por todos, cristãos ou não, como o maior intelectual de sua época;
Ele castrou a si mesmo: Orígenes, o Casto;
Aos 18 anos de idade já ensinava nas escolas cristãs da época;
Mas perdeu-se para a cultura Grega;
Segundo Curtis:
“Ao aceitar os ensinamentos da filosofia grega, Origenes adotou muitas idéias platônicas, estranhas ao cristianismo ortodoxo. A maio¬ria de seus erros era causada pela pressuposição grega de que a ma¬teria e o mundo material são in¬trinsecamente maus. Acreditava na existência da alma antes do nascimento e ensinava que a posição de alguém no mundo era conseqüência de sua conduta num estado preexistente. Negava a ressurreição física e advogava que, no final de tudo, Deus salvaria todos os homens e todos os anjos.”
Foi excomungado pelo Bispo de Alexandria, que chamou um concílio a fim de discutir as idéias que ele vinha pregando;
Morre após ser torturado pelos Romanos (251 d.C.);

251 – O CONCÍLIO DE CARTAGO (EPISCOPADO E MISSA)
Em meio a tantas divisões, seitas, falsos profetas, heresias, etc.
Cipriano escreve UNIDADE DA IGREJA;
Cipriano Havia nascido rico e pagão, porém se converte ao cristianismo, abandonando todas as práticas anteriores e doando tudo o que tem aos pobres; Apesar de não ser teólogo, torna-se bispo de Cartago em 248 d.C.;
Neste concílio ele lê sua obra UNIDADE DA IGREJA;
Buscou unir os cristãos através do poder dados aos Bispos;
Segundo Curtis:
“O indivíduo não poderia viver a vida crista em contato direto com Deus; ele precisava da igreja. Uma vez que Cristo estabelecera a igreja sob autoridade de Pedro, a Pe¬dra, Sipriano disse que todos os bispos eram, em certo sentido, sucesso¬res de Pedro, portanto, deveriam ser. obedecidos. Embora não declarasse que o bispo de Roma estava acima dos outros, Cipriano via o episcopa¬do como especial em razão da cone¬xão de Pedro aquela cidade.”
Instituiu poderes Sacerdotais aos Bispos;
Segundo Curtis:
“Cipriano deixou implícito que o Espírito Santo trabalha¬va por meio dos bispos. Os bispos, naturalmente, ganha¬ram poder com a disseminação des¬sas idéias. Cipriano tambem prorno¬veu a idéia de que a missa era o sacri¬fício do sangue e do corpo de Cristo. Urna vez que os sacerdotes agiam como representantes de Cristo, ofe¬recendo novamente o sacrifício em todos os cultos de adoração, isso so¬mente serviu para lhes aumentar o ¬poder.”

270 – ANTÃO TORNA-SE EREMITA (INÍCIO DOS MONASTÉRIOS)
Crescia a imoralidade e o corrompimento no meio da igreja;
Antão decide viver isolado em uma casa;
Lá ele dormia no chão;
Alimentava-se apenas uma vez por dia, numa dieta de pão e água;
Ele era visto como um guerreiro espiritual, que lutava contra demônios e que largou tudo e abnegou-se totalmente;
Com seu exemplo não tardaram a surgir comunidades de monges.
- Pacôncio, jovem amigo de Antão veio a montar a primeira comunidade de monges.

A DECADÊNCIA ESPIRITUAL
Após a morte de Aureliano a igreja teve 28 anos de paz;
Esta situação levou muitos crentes a terem vergonha da fé ou se aproveitarem dela;
Crescia a soberba e a ambição;
Os cultos simples começavam a ser substituídos por rituais complexos;
Alguns bispos ao invés de cuidar do seu rebanho começavam a cuidar da acumulação de riquezas, criava-se um grande ‘ordem sacerdotal’, surgia a ‘classe do clero’;
Alguns pagão diziam: “Façam-me bispo de Roma, que eu logo me tornarei cristão”;
Ocorriam discussões ferrenhas entre bispos e presbíteros, pois ambos lutavam para decidir qual cargo era mais importante, pois no princípio ambos dispunham de igualdade;
Durante as perseguições de Diocleciano e Galério muitos cristãos e bispos, diante da eminente morte negavam sua fé fazendo oferendas ao gênio do imperador.

SÉCULO IV

A IGREJA E O ESTADO ROMANO
Roma era um império com apenas uma moeda; um sistema político e uma religião;
Em 284 Diocleciano começa reformas no Império;
Em 298 Cristãos são expulsos do exército e do serviço público;
Em 303 inicia-se um período de grandes perseguições aos cristãos, pelas mãos do imperador Galério destroem-se as igrejas, confiscam-se as escrituras, proíbem-se as reuniões.
Galério, padecendo de uma enfermidade mortal, poucos dias antes da sua morte pediu as orações dos cristãos e, no dia 30 de abril de 311, assinou O Édito de Tolerância. Agora, pela primeira vez, a Igreja Cristã estava amparada por lei. A partir deste momento o Estado mostrava-se indulgente, condescendente para com os adeptos do cristianismo.


Detalhe: A morte dos perseguidores:
Suicidaram-se: NERO, DIOCLECIANO, MAXIMILIANO.
Assinados: DOMINICIANO, COMODO, MAXIMÍNIO, AURELIANO.
Em agonia procurando a morte: ADRIANO.
Escravo, com os olhos furados: VALERIANO.
Comido por abutres: DÉCIO.
Doença desconhecida, o corpo foi tomado de vermes: GALÉRIO.
Resumo das perseguições Romanas
Cito tabela de Walton: (11)

312 - A CONVERSÃO DE CONSTANTINO
Segundo Curtis:
“Segundo o relato da história, o general Constantino olhou para o céu e viu urn sinal, uma cruz brilhante, nela podia ler: Com isto vencerás. O supersticioso soldado já esta¬va começando a rejeitar as divinda¬des romanas a favor de um único Deus. Seu pai adorava o supremo deus Sol. Seria um bom pressagio daquele Deus na vespera da batalha?
Mais tarde, Cristo teria aparecido a Constantino em um sonho, segu¬rando o mesmo sinal (uma cruz in¬c1inada), lembrando as letras gregas ch i (X) e rho (p), as duas primeiras le¬tras da palavra Christos. O general foi instruído a colocar esse sinal nos es¬cudos de seus soldados, O que fez ¬prontamente, da forma exata como fora ordenado. Conforme prometido, Constanti¬no venceu a batalha. Esse foi um dos diversos momen¬tos marcantes do seculo IV, um perío¬do de violentas mudanças. Se você tivesse saído de Roma no ano 305 d.C. para viver anos no deserto, quando voltasse certamente espera¬ria encontrar o cristianismo morto ou enfrentando as últimas ondas de per¬seguição. Em vez disso, o cristianis¬mo se tornou a religião patrocinada pelo império.”

- O TRIÚNFO DO CRISTIANISMO
Segundo :
“A que se deve a rápida expansão do cristianismo? Entre as varias causas, uma merece destaque. Trata-se do testemu¬nho pessoal dos cristãos. Cada cristão era um missionário. Uma vez convertido, procurava levar outros a fé cristã. Este teste¬munho, corpo a corpo, fez com que de Jerusalém o cristianis¬mo se irradiasse progressivamente pelas principais cidades do Império Romano, como por exemplo, Antioquia da Síria, Alexandria (Egito), Éfeso (Ásia Menor), Corinto (Grécia) e Roma (Itália). O cristianismo, apesar de ser perseguido, era irreversível. O Imperador Galério, ferrenho adversário do cris¬tianismo e que promoveu a última grande perseguição, final¬mente teve que admitir que era impossível extinguir o cristia¬nismo..”

HISTÓRIA DA IGREJA PÓS LEGALIZAÇÃO ROMANA
Esta conversão foi verdadeira?
Segundo Durant:
Seria sincera tal conversão, um ato de fé religiosa, ou um golpe de habilidade política? Esta hipótese é a mais aceitável. Helena, sua mãe, voltara-se para o cristianismo quando Constancio a abandonou; e presumivelmente instruíra o filho nas ex¬celências do caminho cristão; e Constantino também havia de ter-se impressionado com a sucessão de suas vitórias sob a bandeira de Cristo. Mas só um céptico teria feito um tão sutil uso dos sentimentos religiosos da humanidade. A Historia Augusta atribui-lhe esta frase: “É Fortuna quem faz um homem imperador” - embora ha¬ja aqui mais um rapapé à modéstia do que à sorte. Em sua corte gaulesa vivia ele ro¬deado de filósofos e sábios pagãos. Depois de convertido raramente se conformou com as exigências da adoração cristã. Suas cartas aos bispos mostram como pouco lhe interessavam as diferenças teológicas em curso - embora desejasse suprimir as dissen¬sões no interesse da unidade imperial. Durante seu reinado tratou os bispos como au¬xiliares políticos; convocava-os, presidia-lhes os conselhos e punha em vigor o que o conclave formulava. Um verdadeiro crente teria sido antes de tudo cristão e s6 depois estadista. Constantino foi o contrario. O cristianismo significava para ele um meio, não um fim.
A atuação de Constantino:
Cito Durante, César e Cristo:
“Mas em um mundo preponderantemente pagão cumpria-lhe ser cauteloso. Constantino continuou a usar uma vaga linguagem monoteÍsta que qualquer pagão aceita¬ria. Durante os primeiros anos prestou-se pacientemente ao cerimonial dele exigido como pontifex maximus do culto tradicional; restaurou templos pagãos, fez que fossem tomados auspícios. Na dedicação de Constantinopla recorreu aos ritos cristãos co¬mo aos pagãos. Para proteger colheitas e curar doenças, empregava formas mágicas do paganismo.”
Modificações na realidade de Roma e da Igreja durante o governo de Constantino:
Aos poucos os símbolos pagãos iam saindo das moedas;
Bispos assumem poderio de juiz local;
Isenção de impostos às Igrejas;
Legalização Jurídica das Igrejas e com isto direito de posse;
Direito das Igrejas assumirem os bens dos mártires sem que haja testamento destes;
Construção de muitas Igrejas com dinheiro público;
Proibição do culto à imagens na recém fundada Constantinopla;
Início da caça empregada pelo Estado à seitas ditas cristãs;
O imperador tornou-se juiz de todas as contendas internas da Igreja.
Os cristãos rejubilavam com tamanha mudança na realidade do Império. Porém algumas preocupações começavam a tomar o sossego dos líderes cristãos. Dentre elas as maiores: o monasterismo, o donatismo e o arianismo.


O MONASTERISMO:
Sob influência da vida ascética de Antão os grupos de monges começaram a crescer, devido ao medo destes cristãos de tomarem parte da devassidão de começava a imperar em muitos espaços até da Igreja. Estes mosteiros quase queriam estar sob a bênção da Igreja, porém quase formavam um poder paralelo. Por fim, os bispos acabaram por aceita-los e até apoiar sua organização, tratava-se de uma forma da Igreja compensar seu envolvimento cada vez maior com as questões de poder.

O DONATISMO:
Cito Durant, César e Cristo:
“Um ano depois da conversão de Constantino foi a Igreja vítima de uma cisão que quase a at'¬ruína na hora do triunfo. Donato, bispo de Cartago, assistido por um padre do mesmo tempe¬ramento, insistia em que os bispos cristãos que durante as perseguições se tinham submetido, política pagã não podiam continuar como bispos; que os batismos e mais atos de tais bispos eram írritos e nulos; e que a validade dos sacramentos dependia em parte do estado espírito do ministrante. Quando a Igreja se recusou a adotar este rigoroso critério, os donatistas nomea¬ram bispos rivais para as cidades em que os existiam do tipo condenado. Constantino, sempre pensando no novo credo como instrumento de unificação, impressionou-se com o caos iminen¬te e a possível aliança dos donatistas com movimentos radicais entre os camponeses africano~. Reuniu um concílio de bispos em Arles (314), confirmou a condenação episcopal dos don~li~¬tas, ordenou aos dissidentes que reentrassem na igreja e acenou aos recalcitrantes com a perda dos direitos civis e das propriedades (316). Cinco anos depois, em um momentâneo retorno :w Edito de Milão, iria ele revogar essas medidas e conceder aos donatistas uma condescente tole¬rância. O cisma de Donato persistiu até ao tempo em que os sarracenos varreram com os cris¬tãos do norte da África.” (p541)

O ARIANISMO:
Cito Curtis:
“Embora Tertuliano tivesse outorgado à igreja a idéia de que Deus é uma única substância e três pessoas, de maneira alguma isso serviu para que o mundo tivesse compreensão ade¬qüada da Trindade: O fato é que essa doutrina confundia até os maiores teólogos. Logo no início do século IV, Ário, pastor de Alexandria, no Egito, afirmava ser cristão, porém, também aceitava a teologia grega, que ensina¬va que Deus é um só e não pode ser conhecido. De acordo com esse pen¬samento, Deus é tão radicalmente singular que não pode partilhar sua substância com qualquer outra coi¬sa: somente Deus pode ser Deus. Na obra intitulada Thalia, Ário procla¬mou que Jesus era divino, mas não era Deus. De acordo com Ário, so¬mente Deus, o Pai, poderia ser imor¬tal, de modo que o Filho era, neces¬sariamente, um ser criado. Ele era como o Pai, mas não era verdadeira¬mente Deus.
Muitos ex-pagãos se sentiam con¬fortáveis com a opinião de Ário, pois, assim, podiam preservar a idéia fa¬miliar do Deus que não podia ser conhecido e podiam ver Jesus como um tipo de super-herói divino, não muito diferente dos heróis humanos divinos da mitologia grega.
Por ser um eloqüente pregador, Ário sabia extrair o máximo de sua capacidade de persuação e até mes¬mo chegou a colocar algumas de suas idéias em canções populares, que o povo costumava cantar.
"Por que alguém faria tanto estar¬dalhaço com relação às idéias de Ário?", muitas pessoas ponderavam. Porém, Alexandre, bispo de Ário, en¬tendia que para que Jesus pudesse salvar a humanidade pecaminosa, ele precisalla ser verdadeiramente Deus. Alexandre conseguiu que Ário fosse condenado por um sínodo, mas esse pastor, muito popular, tinha muitos adeptos. Logo surgiram vários distúr¬bios em Alexandria devido a essa melindrosa disputa teológica, e ou¬tros clérigos começaram a se posi¬cionar em favor de Ário.
Em função desses distúrbios, o im¬perador Constantino não podia se dar ao luxo de ver o episódio simplesmen¬te como uma "questão religiosa". Essa "questão religiosa" ameaçava a segu¬rança de seu império. Assim, para li¬dar com o problema, Constantino convocou um concílio que abrangia todo o império, a ser realizado na ci¬dade de Nicéia, na Ásia Menor.”

325 – O CONCÍLIO DE NICÉIA
Citar Anglin:
“A primeira destas Assembléias reuniu-se em Nicéia, na Bitínia, para o julgamento de um tal Ario, que tinha esta¬do a ensinar que nosso Senhor fora criado por Deus como qualquer outro ser, sujeito ao pecado e ao erro, e que, por conseqüência, não seria eterno como o Pai. Foi a isso que Constantino chamou uma ninharia, quando o informaram da heresia; o concílio porém, com poucas exceções, deu-lhe o nome de horrível blasfêmia. Os bispos sentiram tanto a indignidade que Ario fizera pesar sobre o bendito Senhor, que tapavam os ouvidos enquanto ele explicava as suas . doutrinas, e declararam que, quem expunha tais ensina¬mentos, era digno de anátema. Como repressão às heresias crescentes foi escrito a célebre confissão de fé, conhecida como o Credo de Nicéia, no qual está clara e inteiramente anunciada a doutrina das Escrituras Sagradas com refe¬rência à divindade do Senhor. Ário e seus adeptos recebe¬ram ao mesmo tempo sentença de desterro, e possuir ou fa¬zer circular os seus escritos era considerado como grande ofensa” (p55)
A Igreja e o Estado no Concílio:
Cito Curtis:
“O Concílio de Nicéia foi convo¬cado tanto para estabelecer uma questão teológica quanto para servir de precedente para questões da igre¬ja e do Estado. A sabedoria coletiva dos bispos foi consultada nos anos que se seguiram, quando questões espinhosas surgiram na igreja. Cons¬tantino deu início à prática de unir o império e a igreja no processo deci¬sório. Muitas conseqüências pernici¬osas seriam cal h idas nos séculos futuros dessa união”
Porém a irmã de Constantino era do partido de Ário e pediu que seu irmão revogasse a decisão e assim foi feito.

328 – ATANÁSIO TORNA-SE BISPO DE ALEXANDRIA
Foi forte combatente do arianismo;
Cito Anglin:
“Um mandato imperial de Constantino para que os he¬reges excomungados fossem admitidos à igreja, foi recebi¬do pelo bispo com um desprezo deliberado e firme: não queria submeter-se a qualquer autoridade que procurasse pôr de parte a divindade do seu Senhor e Salvador. Contu¬do, os seus inimigos estavam resolvidos a levar por diante os seus propósitos e aquilo que não puderam obter por bons meios tentaram alcançar por meios infames. Fizeram uma acusação horrível contra o bispo, no sentido de ter ele cau¬sado a morte de um bispo miletino chamado Arsino, de cuja mão, diziam eles; se serviu para fins de feitiçaria. Foi, por conseqüência, intimado a responder perante uni concí¬lio em Gesaréia, pela dupla acusação de feitiçaria e as¬sassínio: mas Atanásio recusou-se a comparecer ali por ser o tribunal composto de inimigos. Foi pois convocado outro concílio em Tiro, e a este assistiu o bispo. A mão que devia ter servido para prova do crime apareceu no tribunal, mas infelizmente para os acusadores o dono da mão, o bispo as¬sassinado, também lá estava 'vivo e ileso! .
Ainda assim, esta farça não impôs aos seus adversários o silêncio que a vergonha devia produzir, e apressaram-se em preparar uma nova acusação. Afirmaram que Atanásio, ' ameaçava reprimir a exportação db trigo de Alexandria para Constantinopla, o que traria a fome para esta cidade, pensando eles, e com razão, que bastava só atribuir-lhe este mau procedimento para levantar a inveja e desagrado do imperador, cujos maiores interesses estavam ali con¬centrados. Os seus planos tiveram bom êxito. Com esta simples acusação, pois a verdade dela nunca foi provada, obtiveram uma sentença de desterro, e Atanásio foi man¬dado para Treves, no Reno, onde se conservou dois anos e quatro meses.
Mas o desterro do bispo fiel não assegurou os resultados pelos quais o partido de Ário estava a combater. Os Cris¬tãos de Alexandria também tinham sido muito bem ins¬truídos nas verdades das Escrituras Sagradas, e conservavam-nas com tal amor, que não as abandonaram depois do seu ensinador partir. Não queriam ligar-se a compromisso algum e até mesmo quando Ario subscreveu uma fé orto¬doxa, o novo bispo, um velho servo de Deus chamado Ale¬xandre, duvidou da sua sinceridade, e não quis aceitar a sua retratação. Constantino teve de intervir novamente neste caso, e mandando chamar o bispo, insistiu para que Ário fosse recebido em comunhão no dia seguinte. Muitos viram nisto uma crise nos negócios da igreja, e os cristãos de Alexandria esperavam pelo resultado com muita ansiedade. Alexandre sentiu a sua fraqueza, e pensamentos in¬quietadores lhe assaltaram o espírito; entrou na igreja e apresentou o seu caso diante do Senhor. A oração era o seu último recurso, mas não foi um recurso vão nem estéril.
Os arianos já exultavam, e enquanto o bispo estava de joelhos diante do altar levaram eles o seu chefe em triunfo pelas ruas. De repente cessaram as ovações. Ário entrara em uma casa particular e ninguém parecia saber para quê. Todos esperavam, e se admiravam, mas esperavam em vão; o homem, cujo regresso aguardavam, tinha-se retira¬do dos seus olhares para nunca mais aparecer. Teve a mes¬ma sorte de Judas, e o grande herético estava morto.” (p56)

A morte de Ário:
Cito Durant. A idade da Fé:
“Era um sábado e Ário esperava poder ir à reunião da congregação no dia seguin¬te, porém a Divina Providência o puniu por sua ousadia criminosa, pois, ao sair do palácio imperial ... e ao aproximar-se do pilar de pórfiro, no Foro de Constantino, foi tomado de terror e logo sentiu relaxarem-se-Ihe violentamente os intestinos ... Inchou-lhe o ventre, seguindo-se às evacuações abundante hemorragia e a queda do intestino delgado; além disso, pedaços do fígado e do baço eram eliminados naquela perda de sangue, tendo assim morre quase imediata”(p.7)
Primeiro Cânon completo do Novo Testamento
Atanásio também foi Compositor do primeiro Cânon bíblico completo. Veja abaixo algumas características que foram escolhidas como critério para a escolha deste livros:
Ter sido escrito por algum apóstolo (testemunha direta da obra de Cristo). Neste aspecto, Paulo de Tarso foi aceito como apóstolo, pois viu a Cristo.
Não possuir contradição com a maioria dos textos escritos;
Ser amplamente aceito e já haver tradição antiga de leitura do mesmo, fato que é provado pelas citações dos livros em textos da Igreja primitiva, atestando sua autenticidade;
Servir para edificação da Igreja, que seria a prova de sua inspiração.
Cito Curtis:
“Em 367, Atanásio, o bispo de Ale¬xandria, influente e altamente ortodoxo, escreveu sua famosa carta ori¬ental. Nesse documento, enumerava os 27 livros que hoje fazem parte do nosso Novo Testamento. Na esperan¬ça de impedir que seu rebanho cami¬nhasse rumo ao erro, Atanásio afir¬mou que nenhum outro livro pode¬ria ser considerado escritura cristã, embora admitisse que alguns, como (...), pudessem ser úteis para devoções particulares.
A lista de Atanásio não encerrou esse assunto. Em 397, o Çoncílio de Cartago confirmou sua lista. (..) No final, a lis!a de Atanásio rece¬beu a aceitação geral e, desde então, as igrejas por todo o mundo jamais se desviaram de sua sabedoria.”
Cito tabelas de Walton: (10)

337 – A MORTE DE CONTANTINO
64 anos de idade;
2 esposas;
Brigas familiares e intrigas;
Assassinato do filho mais velho por parte do tio. Manda matar o sobrinho e a esposa;
Cito Durant, César e Cristo:
“Dois anos mais tar¬de, pela Páscoa, iria ele celebrar com grandes festas o 30º aniversário da ascensão ao poder. Depois, sentindo a proximidade do fim, foi provar os banhos quentes de uma estação próxima, Aquírion. Como a doença se agravasse, chamou um sacerdote para lhe administrar o sacramento do batismo, que muito deliberadamente diferira ate aquele momento, na esperança de por esse modo limpar-se de todos os pecados de sua vida tão cheia. Em seguida, o cansado imperador, aos 64 anos, despiu-se (...), envergou o traje branco dos neófitos e cerrou os olhos.” (p518)

A divisão do Império:
Cito Anglin:
“O império estava agora dividido entre os três filhos de Constantino, o Grande, ficando Constantino com a Gália, Espanha e a Bretanha; Constâncio com as províncias asiá¬ticas, e Constante, com a Itália e a África. Constantino favoreceu o partido católico ou ortodoxo, e fez voltar Atanásio do exílio, mas foi morto no ano 340, quando invadia a Itália. Constante, que tomou posse dos seus domínios, também seguia a causa dos católicos e foi amigo de Atanásio, porém Constâncio e toda a sua corte tomaram o partido dos arianos.”

Constante X Constâncio:
Cito Anglin:
“Entretanto, Atanásio foi novamente degredado, pelos esforços de Constâncio e dos bispos arianos; e Gregório de Capadócia, homem de caráter violento, foi colocado à for¬ça no seu lugar. Este procedimento iníquo deu ocasião a desordens e a cenas violentas, e tiveram de pedir auxílio à tropa para manter o bispo intruso na colocação que lhe ti¬nham dado. Foram depois convocados muitos e vários concílios, e publicados cinco credos diferentes, em outros tantos anos, mas parece que com pouco resultado. Em to¬dos estes concílios foi sempre confirmado a ortodoxia de Atanásio, porém não fizeram justiça ao velho bispo enquanto Gregório viveu. Mas depois da morte deste foi rein¬tegrado no seu lugar com grande alegria de todos aqueles que apreciavam a verdade e se agarravam à boa doutrina.
Constante, que desde o princípio se tinha mostrado um verdadeiro amigo de Atanásio, morreu no ano 359, e os arianos, com a proteção de Constâncio renovaram as suas perseguições. Tendo sido expulso pela terceira vez do seu lugar; Atanásio retirou-se voluntariamente para o exílio, e entrou, durante algum tempo, num refúgio dos desertos do Egito, onde pela meditação e oração se preparou para pos¬terior conflito. E, aqueles que professavam as suas doutri¬nas eram perseguidos com rigor devido à ascendência dos arianos. Por isso se dizia por toda a parte que os tempos de Nero e Dioc1eciano tinham voltado.
Constâncio morreu no ano de 36l, e teve por sucessor Juliano, que tomou a chamar os bispos desterrados por Constâncio; mas não foi de certo por simpatia pelas suas doutrinas, porque ele pouco depois caiu no paganismo(..).” (p59)

361 – JULIANO, O APÓSTOTA É IMPERADOR
Pagão;
Filósofo;
Cito Durant, A idade da fé:
“Em meio a todas estas atividades governamentais, era a filosofia a paixão que o do¬minava. Tinha um objetivo, do qual jamais se esquecia: a restauração dos antigos cul¬tos. Ordenou que se reparassem e abrissem os templos pagãos e se restituíssem as pro¬priedades que deles haviam sido confiscadas. Autorizou também que os templos re¬começassem a recolher suas rendas habituais. Escreveu cartas aos principais filósofos da época, convidando-os a se hospedarem na corte. Quando Máximo chegou,Juliano interrompeu um discurso que estava fazendo no Senado e correu para cumprimentar o velho mestre, que apresentou a todos, tecendo-lhe grandes 'elogios. Máximo apro¬veitou-se do entusiasmo do imperador. Envergou trajes muito finos e levou uma vida luxuosa, o que provocou, depois da morte de Juliano, uma rigorosa devassa em sua vida para se descobrir a origem de sua rápida fortuna.36 Juliano não dava atenção àquelas contradições; amava demasiado a filosofia para. dela se afastar por causa da conduta dos filósofos. "Se alguém", escreveu ele a Eumênio, "vos tiver persuadido de que existe para a raça humana algo mais proveitoso do que o estudo ininterrupto da filosofia nas horas vagas, esse alguém não passa de um iludido que procura iludir•” (p14)
Asceta;
Reconstrução dos templos pagãos;
Tentativa de recuperação de Jerusalém;
Cito Durant, A idade da fé:
“Das aflições os judeus foram salvos durante um momento pela ascensão de Ju¬liano, Este reduziu as taxas, revogou leis de separação, louvou a caridade hebraica e tratou YHWH (Yahveh) como "um grande deus". Perguntou aos dirigentes judeus por que haviam abandonado o sacrifício de animais; quando eles responderam que sua lei não permitia tal ato senão no templo de Jerusalém, ordenou que este fosse re¬construído com fundos do Estado. Jerusalém foi novamente franqueada aos judeus; desse reuniam ali, procedentes de todos os cantos da Palestina, de todas as províncias do Império; homens, mulheres e crianças davam o seu trabalho à reconstrução, suas economias e jóias para mobiliar o novo templo; Já podemos imaginar a felicidade de um povo que durante três séculos havia orado por esse dia (361). Mas quando os ali¬cerces estavam sendo cavados, irromperam chamas do chão e vários trabalhadores morreram queimados. O trabalho foi pacientemente reiniciado, mas uma repetição do fenômeno - provavelmente devido à explosão do gás natural - interrompeu e, desanimou o empreendimento. Os Cristãos rejubilaram-se ante aquilo que parecia uma proibição divina; os judeus ficaram espantados e lastimaram-no. E então ocorreu a morte súbita de Juliano. Os fundos estatais foram suspensos; as velhas leis restritivas postas em vigor e tornadas mais severas. E os judeus, de novo excluídos de Jerusalém, voltaram• a suas aldeias, a sua pobreza e a suas preces. Logo depois Jerolmo relatava que a população judaica da Palestina "não passava de um décimo da anterior". Em 425, Teodósio II aboliu o patriarcado da Palestina. Igrejas greco-cristãs substituíram aS sinagogas e escolas.”
Fim do subsídio público à Igreja;
Fim de toda forma de intervenção em questões internas da Igreja;
Fim da Isenção de impostos e regalias especiais aos cristãos e bispos;
Cristãos são obrigados a devolver bens tomados dos pagãos;
Como conseqüência:
Cito Durant, A idade da fé:
“A apaixonada perseverança de Juliano acabou destruindo finalmente seu programa. Os homens aos quais injuriara combatiam-no com "sutil pertinácia e os demais, aos quais favorecia, respondiam com indiferença. O paganismo morrera espiritual¬mente, já não encerrava em si qualquer estímulo para a mocidade, nem consolo para as amarguras, nem esperanças para além-túmulo. Alguns que se haviam convertido voltaram-se para ele, mais com a idéia. de conseguirem posições políticas ou o seu di¬nheiro. Algumas cidades restabeleceram os sacrifícios oficiais, mas somente para pa¬garem os favores recebidos. Mesmo em Pessino; a terra de Cibele, Juliano teve de su¬bornar os habitantes para que honrassem a grande deusa. Muitos pagãos interpretavam o paganismo como sendo uma consciência tranqüila em meio aos divertimentos. Ficaram desapontados ao ver que Juliano era mais puritano que Cristo. Esse suposto livre-pensador era o mais devoto do Estado e até seus amigos se aborreciam em seguir-lhe as práticas; havia também os cépticos que não dissimulavam seu sorriso ao vê-lo às voltas com seus deuses antigos e sacrifícios. Já quase não se observava mais no Oriente altares, assim como no Ocidente, fora da Itália.” (p17)
Morre em 363.
Cito Durant, A idade da fé:
“Juliano jazia em sua tenda e dirigiu-se desconsolada e amarguradamente a seus companheiros: "Mui oportunamente, meus amigos, chegou agora a ocasião para eu deixar esta vida, a qual folgo poder devolver à natureza." Todos os presentes choraram. Ele, entretanto, mantendo sua autoridade, os censurou dIzendo que não lhes ficava bem lamentar um príncipe que estava sendo chamado a unir-se ao céu e às estrelas. Como isso os .tivesse feito calar-se, virou-se para os filósofos Máximo e Prisco e travou com eles uma discussão muito complexa sobre a nobreza da alma. Subitamente a ferida se lhe abriu, a pressão do sangue diminuiu-lhe a respiração e, após beber um gole de água que pedira, morreu tranqüilamente. Contava então 32 anos de idade. A história de que Juliano morrera exclamando: "Tu triunfaste, ga¬lileu" apareceu primeiramente no trabalho do historiador cristão Teodoreto, no século V, sendo agora, porém, considerada como lenda.” (p19)

TEMA TRANSVERSAL:

OS JUDEUS NESTE PERÍODO
Cito Durant, A idade da fé::
“Em todas as épocas, a alma do judeu tem estado dividida entre a resolução de abrir caminho em um mundo hostil e sua fome pelos alimentos espirituais. O mercador judeu é um estudioso triste; inveja e honra generosamente o homem que, fugindo à febre da riqueza, prossegue em paz no amor aos estudos e segue a miragem da sabedoria. Os comerciantes e banqueiros judeus que iam à feira de Troyes paravam no caminho para ouvir o grande Rashi explicar o Talmude. Assim, entre os afazeres comerciais ou a pobreza degradante ou a contumélia mortal, os judeus da Idade Média continuaram a produzir gramáticos, teólogos, místicos, poetas, cientistas e filósofos; e durante certo tempo (1150-1200) somente os muçulmanos os igualavam na ampla alfabetização e riqueza intelectua1. Tinham a vantagem de viver em conta¬to ou comunicação com o Islã; muitos deles liam o árabe; todo o rico mundo da cultu¬ra muçulmana medieval estava aberto aos judeus. Receberam do Islã em ciência, me¬dicina e filosofia o que haviam dado em religião a Maomé e ao Alcorão. E, pela medi¬tação, elevaram o espírito do Ocidente cristão com o estímulo do pensamento sarraceno.” (p.355)


363 – JOVIANO ASSUME O IMPÉRIO:
Ao que parece, foi o primeiro governante realmente cristão;
Reinado curto, de apenas 8 meses;
Apoiou os ortodoxos contra os arianos;
Em 364 seus filhos Valenciano e Valente assumem o poder, mas apóiam o arianismo.

375 – GRACIANO ASSUME O TRONO E O PASSA A TEODÓSIO
Tinha apenas 16 anos de idade;
Era cristão temente a Deus;
Cito Anglin:
“ "Vinde", escreveu ele "para que possais ensinar a doutrina da salvação a quem crê verdadeiramente; não para que estudemos para questionar, mas que a revelação de Deus possa penetrar mais intimamente no nosso coração".” (p.63)
Porém passa o poder imperial a Teodósio, pois não se sentia capaz de administrar tudo;
Ocorre um distúrbio em Tessalônica e Teodósio gera um grande genocídio (circo).
Cito Curtis:
“Mais tarde, Ambrósio enfrentou um imperador - dessa vez, o próprio Teodósio. O imperador reagiu de for¬ma exagerada a um distúrbio em Tessalônica, enviando o exército para massacrar os cidadãos daquela cidade. Ambrósio considerou isso um ato hediondo e excomungou Teodósio até que o imperador cumprisse penitên¬cia. O fato de o imperador voltar à catedral vestido de saco e coberto de cinza e ajoelhar-se diante do bispo buscando perdão é um testemunho tanto da coragem de Ambrósio quanto da humildade de Teodósio. Houve um tempo em que a igreja enfrentou a perseguição de imperado¬res. Com Ambrósio, o novo padrão de relacionamento entre a igreja e o Es¬tado começava a se desenvolver.” (p.45)
Os feitos de Teodósio:
Cito Kuchenbecker:
“Foi necessária a autoridade de Teodósio (379-395) para que, num edito assinado em Tessalônica (28 de fevereiro de 380), todos os povos submetidos ao Império fossem chamados “a aderir à fé transmitida aos romanos pelos apóstolos, à fé professada pelo pontífice Dâmaco e pelos bispo de Alexandria, ou seja, o reconhecimento da santa Trindade do Pai, do Filho e do Espírito Santo”; O segundo concílio ecumênico, reunido em Constantinopla em 381 graças aos cuidados de Teodósio, fez triunfar a fé nicena. O catolicismo ortodoxo tornava-se a reli¬gião oficial de todo o mundo romano. Teodósio vai ainda mais a fundo: empreendeu a destruição do velho politeísmo romano e ao mesmo tempo, beneficiou o cristianismo com múltiplos privilégios fiscais e judiciários. Os bens confiscados dos tem¬plos pagãos foram entregues às igrejas, que, ajudadas pelos ofícios imperiais, tornaram-se amiúde muito ricas. Pode-se dizer que, desde então, a Igreja ficou vinculada ao estado? Sem dúvida, ela se conforma à estrutura adminis¬tração aperfeiçoada por Diocleciano: cada cidade tinha seu Bispo, cada província seu metropolita. Mas, enquanto os fun¬cionários imperiais eram nomeados pelo imperador, os bispos (...) eram livremente eleitos pelo clero local e a popula¬cão de tal maneira que a autoridade religiosa era bem distinta da civil. Fundamento de uma monarquia de direito divino, a Igreja representava também um poder espiritual (...) Aliás, a decadência do Império, no século V, não se fez acompanhar da decadência da jovem Igreja(...)”(p.97)

374 – AMBRÓSIO TORNA-SE BISPO DE MILÃO
Era governador da cidade;
Quando ocorrei uma controvérsia sobre o novo bispo da cidade ele foi juiz da questão e o povo acabou o aclamando bispo pela sua bondade;
Batizou-se e cumpriu todos os sacramentos em uma semana e daí assumiu o posto;
Portou-se como ortodoxo, seguindo as decisões de Nicéia, contra o arianismo;
Isso desagradou a imperatriz Justina, que em 385 mandou os soldados cercarem a catedral, mas Ambrósio junto de toda a congregação não se retiraram, e após horas de tensão acabaram vencendo.

A QUESTÃO DO CELIBATO
Cito Durant, A Idade da Fé.:
“Essa organização, cuja força, afinal, apoiava-se na crença e no prestígio, exigia certa regulamentação para sua vida eclesiástica. Nos primeiros três séculos não se exigira o celibato do sacerdote, que podia manter uma esposa com a qual se tivesse casado an¬tes da ordenação, porém não devia casar-se depois de receber as ordens sacras. Não podia ser ordenado o homem que se tivesse casado com duas mulheres ou com viúva, divorciada ou concubina. A semelhança de muitas sociedades, a Igreja teve também Seus extremistas. Reagindo contra a licenciosidade sexual da moral pagã, alguns cris¬tãos entusiastas depois de lerem uma passagem de São Paulo,' chegaram à conclusão de que era pecado qualquer relação entre os sexos. Eles condenaram todos os casamentos e manifestaram sua repugnância pelos sacerdotes casados. O Concílio Provin¬cial de Gengra (362) condenou esse ponto de vista, tachando-o de heresia, porém cada vez mais ía a Igreja exigindo o celibato para seus sacerdotes. As igrejas recebiam doação de propriedades e, uma vez ou outra, um sacerdote casado pedia que se fizesse o legado em seu próprio nome e o transmitia depois para os filhos. Surgiam algumas vezes casos de adultério ou outros escândalos nos casamentos deles, o que diminuía o respeito que o povo Ihes tributava. Recomendou-se no sínodo realizado em Itoma, no ano 386, que o clero observasse completamente a castidade, tendo o Papa Sirício decretado um ano mais tarde que deixassem suas vestes sacerdotais todos aque¬les que se casassem ou continuassem a viver com suas esposas. Jerônimo, Ambrósio e Agostinho apoiaram fortemente o decreto, o qual, após uma geração em que houve resistências esporádicas, foi observado no Ocidente, com relativo êxito(...)” (p.41)

387 – CONVERSÃO DE AGOSTINHO
Nascido em 354;
Na juventude era um intelectual, porém voltava-se à sensualidade;
Passou pelo maniqueísmo e pelo neoplatonismo, em busca pela verdade;
Considerava a fé cristã uma coisa para pessoas simples;
Conheceu Ambrósio e esta concepção começou a mudar;
Cito Curtis:
“Em 387, enquanto estava senta¬do em um jardim em Milão, Agosti¬nho ouviu uma criança cantar uma música que dizia: "Pegue-a e leia-a, pegue-a e leia-a". Agostinho leu a pri¬meira coisa que encontrou na sua frente: a epístola de Paulo aos Roma¬nos. Quando leu Romanos 13.13,14, as palavras de Paulo que versam sobre o revestir-se do Senhor Jesus em vez de deleitar-se com os prazeres peca¬minosos tocaram profundamente seu coração, e Agostinho creu. "Foi como se a luz da fé inundasse meu coração e todas as trevas da dúvida tivessem sido dissipadas."
Em 391 torna-se sacerdote;
Em 395 torna-se bispo de Hipona;
Posicionou-se contrário ao rivalismo proposto pelo donatistas.
Para ele, apesar de haverem algumas pessoas que não eram santas em seu meio, só havia uma igreja.
Sacramentos: sinais visíveis de uma graça invisível.
Deus não olha para o sacerdote ao operar através dele;
Opôs-se a Pelágio, que afirmava a necessidade de obras para a Salvação;
Citar texto (21)
Escreveu centenas de livros, cartas, comentários;
Influenciou tanto o catolicismo quanto o posterior protestantismo com sua defesa da supremacia da graça ante as obras;
É acusado de ser fatalista, por crer, em oposição à Pelágio, que Deus tudo tem predestinado e que é Ele que nos leva a tudo.

UMA REFLEXÃO PERTINENTE:

A história da Igreja nos fornece uma serie de dados e matérias, que se aplicados no sentido epistemológico, de conhecimento, à uma turma de alunos, pode vir a trazer grandes avanços em suas concepções quanto à atual realidade religiosa e possibilitar que estes se situem criticamente ante às questões levantadas, além de lhes acrescentar em cultura e em um conhecimento histórico, que no sentido mais geral lhes é privado.
Porém quero aqui enfatizar uma outra possibilidade de abordagem que pode ser construída junto à esta citada acima, que trata-se da história reflexiva, na qual levamos para a sala de aula, a cada tema aberto algumas questões que se ligam aos temas presentes no seu dia-a-dia e à coisas próprias da adolescência ou da infância. Dentro de uma História da Igreja, no sentido mais geral, temos na verdade um conjunto de muitas histórias de vidas que se entrelaçaram com um propósito. Portanto, como exemplo destas questões transversais à história, proponho a analise de alguns dados da vida de Agostinho.

A TRANSFORMAÇÃO DE AGOSTINHO:
Em sua obra intitulada ‘Confissões’, Agostinho conta como resistiu aos conselhos da mãe quando tinha 12 anos de idade e fora viajar para a África.
Nesta obra agostinho comenta que fora constrangido a pecar conforme o mundo, pelo pecado alheio, de seus amigos:
Cito Durant, Idade da Fé:
“Aos 12 anos mandaram Agostinho para a escola em Madaura e aos 17 para um cur¬so superior em Cartago. Salviano iria logo descrever a África como "a cloaca do mun¬do" e Cartago como "a cloaca da África", Daí os muitos conselhos de Mônica ao fi¬lho quando se despediu dele:
‘Ela me ordenou, e foi com muita veemência que me preveniu, que não fornicas¬se e sobretudo não desonrasse a mulher do próximo. Para mim, tal conselho me pa¬receu muito fútil, o qual teria vergonha de seguir ... Fui tão cego na minha conduta que fiquei envergonhado, no meio de meus companheiros, de sentir-me menos impudente do que eles, eles que se, orgulhavam das façanhas que praticavam; quanto mais se excediam em suas proezas, tanto mais se vangloriavam, e eu come• cei a sentir prazer em fazer a mesma coisa, não pelo prazer do ato em si, mas para poder vangloriar-me dele também ... e quando não tinha oportunidade de praticar uma maldade que me tornasse tão mau quanto eles, fingia que a havia praticado.’”
Possibilidade de propormos uma meditação no texto de Romanos 12.2:
“E não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.”
- Após ser tocado por Deus através da leitura de textos da carta de Paulo aos Coríntios, Agostinho torna-se um homem apaixonado por Deus:
Cito Durant, a Idade da Fé:
“Comecei amar-Vos muito tarde, a Vós que sois o Belo tão antigo e tão novo ... Sim, tam bém o céu e a terra e tudo o que eles encerram me dizem de todos os lados para que Vos ame .... O que amo, agora que Vos amo? ... Perguntei -o à terra e ela respondeu que não era ela .... Perguntei-o ao mar e ao abismo e às coisas que raste¬jam e todos me responderam: Nós não somos o teu Deus; procura-o acima de ti. Perguntei-o aos ventos passageiros, e todo o ar com seus habitantes me respondeu: Anaxímenes foi enganado; eu não sou Deus. Perguntei aos céus, ao sol, à lua e às estrelas; também eles disseram: não somos o Deus que procuras. Falei•lhes: Dizei• me algo sobre Deus. Uma vez que não sois Aquele a quem procuro, dizei•me algo sobre Ele. E todos disseram em voz alta: Foi Ele quem nos fez ... Não estarão com o espírito aqueles que acham desagradável qualquer coisa que Vós criastes .... As Vossas dádivas nos alegram e na Vossa boa vontade encontramos a paz.”

400 – COMEÇAM AS INVASÕES BÁRBARAS AO IMPÉRIO ROMANO; 
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Cristianismo nos séculos XIX e XX

SÉCULO XIX


Com certeza a descoberta (ou afirmação) da ciência ocupou o espaço de grandeza ou novidade deste século, ou melhor, de todo este início do período que chamamos de Contemporâneo . Os seres humanos - ou pelo menos aqueles que tinham condições concretas para isto – encantaram-se com seu próprio saber, seu próprio conhecimento acumulado e como este poderia vir a ser metodológico, e grande parte da intelectualidade ocupava-se da construção destes processos e metodologias do saber, difundido como “ciência”. Os “Homens cultos do período não estavam apenas orgulhosos de suas ciências, mas preparados para subordinar todas as outras formas de atividades intelectuais a ela.” 
Muitas foram as descobertas e as novas terminologias utilizadas por esta classe de novos intectuais 'científicos' que surgia:
“(...)As palavras- chave da filosofia e ciência em meados do século passado eram “natureza”, “meio ambiente”, “história”, “evolução” e “crescimento”. Marx havia dito que a consciência humana era um produto da base material de uma sociedade. Darwin mostrou que o homem era produto de uma longa duração biológica e o estudo de Freud sobre o inconsciente deixou claro que as ações dos homens freqüentemente são devidas a certos impulsos ou instintos “animais”, próprios de sua natureza(...)” 
Devemos nos situar, percebendo que o mundo da fé deste momento já não era mais monopolizado pela Igreja Católica, a Europa já havia passado por quase dois séculos de modificações protestantes. Estava repleto de igrejas nacionais, igrejas protestantes independentes, grupos e instituições de fins missionários protestantes levavam esta nova fé a muito povos que logo deixavam de ser Católicos, Ortodoxos, etc. Porém podemos perceber que os reflexos destas novas teorias (evolucionismo, antropocentrismo, etc) que se difundiram, foram o mais diversos, dependendo da instituição. No caso da Igreja católica:
“(...)A Igreja (Católica) protestou veemente e a ciência na Inglaterra se dividiu. Na verdade isso já era de se esperar, pois Darwin sempre tinha contestado o fato de se atribuir a Deus o ato da criação. Alguns poucos fanáticos, porém, chegaram a afirmar que seria um feito ainda maior criar algo que já trouxesse dentro de si a possibilidade latente de evoluir,em vez de criar para todo o sempre alguma coisa pré estabelecida em todos os seus detalhes(...)” 
É bom frisar que quando Jostein Gaarden, na afirmação acima, diz que 'alguns fanáticos', apesar de tudo, defendiam a criação como um ato divino e apresentavam tudo quanto se descobria como mais uma prova da sabedoria divina, precisamos considerar que estes 'fanáticos' não eram tão poucos assim e que naquele período a explicação 'teológica' do mundo estava muito presente no meio da intelectualidade.
“(...)Em muitos círculos de estudiosos na época de Darwin era corrente a suposição de que Deus teria criado a terra havia cerca de seis mil anos. E as pessoas tinham criado esse número contando todas as gerações desde Adão e Eva até o presente(...)” 
Fato é que as afirmações de Darwin, foram seguidas de ataques a fé feitos por muitos outros intelectuais da época . Esta nova noção da realidade não teve nem início e nem fim neste período. É um teólogo que afirma:
“(...)Com Kant (1724-1804), inicia-se um novo modo de pensar o homem. Kant o via como cidadão dos dois mundos: o mundo material e o mundo espiritual. Segundo ele o Homem só pode adquirir um conhecimento prático ou moral do mundo, de si mesmo e de Deus; jamais um conhecimento absoluto. A partir dessa forma de pensar, na qual o pensamento metafísico e o da razão pura são questionados. O Homem começa ser visto sob diversas formas e por diferentes pensadores, tais como: Darwin ( 1809-1882), o Homem biológico-evolucionista; Kierkegaard (1813-1855), o Homem existencial ; Marx (1818-1883), o Homem econômico; Freud ( 1856-1939), O Homem instintivos e outros(...)” 
A conseqüencia quase que imediata, às afirmações de Darwin e dos mais diversos filósofos, cientistas e ‘sociólogos’ (se é que já podemos chamar Comte de Sociólogo), é o surgimento de um sentimento de desprendimento das estruturas eclesiásticas, de independência. Pois se outrora elas estavam ali, dentro do Estado, sendo mantidas por ele e até monopolizando serviços públicos (casamento, enterros, registro de crianças, etc), em troca de uma esperada ‘reconciliação com a divindade’, ou melhor: em troca das respostas que estas denominações (principalmente Igreja Católica) pudessem oferecer às mais difíceis questões da vida: a origem, a morte, os infortúnios, etc.
Ora, agora diante das novas teorias, já se negava até mesmo a ‘criação’, e diante da dúvida gerada, propunha-se que a resposta à estas questões fosse de foro íntimo, de direito particular e não público. Não mais o Estado deveria endossar o que seria a ‘verdade’, diante das dúvidas apresentas, mas sim daria liberdade ao indivíduo para que esse em seu pleno estado de racionalidade pudesse escolher. Assim surge uma forte campanha de Laicização do Estado, mas que trazia no seu interior uma também forte laicização do pensar e do agir.
“(...)Chamamos de secularização ou laicização do pensamento o cuidado de se desligar das justificativas baseadas na religião, que exige adesão pela crença, para só aceitar as verdades resultantes da investigação racional mediante argumentação(...)” 
Essa campanha pela laicização social também foi conhecida como ‘campanha anticlerical’, pelo fato de suas principais propostas serem voltadas para o fim da participação clérica no Estado. 
“(...)O anticlericalismo era militantemente laico, na medida que pretendia tomar da religião qualquer status oficial na sociedade (“desestabelecimento da igreja”, separação da igreja do Estado”), deixando-a como uma questão puramente privada. Deveria ser transformada em uma ou diversas organizações puramente voluntárias, análogas aos clubes de colecionadores de selos, somente que em dimensões maiores(...)” 
O interessante é que esta campanha não apenas envolveu adeptos do darwinismo ou homens ateus (isso ainda não era tão comum assim), mas também autoridades que queriam ver-se livres dos mandos e desmandos da Igreja.
“(...)Mas isso não se baseava tanto na falsidade da crença em Deus ou qualquer versão particular dessa crença mas na crescente capacidade administrativa, amplitude e ambição do Estado laico – mesmo na sua forma mais laissez-faire e liberal- que estava decidido a expulsar organizações privadas daquilo que então considerava seu campo de ação(...)” 
A Igreja, obviamente reagiu, atacando de todas as formas a raiz deste mal: o pensamento científico e a produção de conhecimento. O resultado foi uma Igreja Católica mais fechada ainda.
“(...)Em certo sentido, diante da ameaça da reforma laica, a Igreja reagiu da mesma forma como havia feito no século XVI com a Contra-Reforma. O catolicismo, agora totalmente intransigente, recusando qualquer acomodação com as forças do progresso, industrialização e liberalismo, tornou-se uma força muito mais poderosa depois do Concílio Vaticano de 1870 do que antes(...)” 

A fé, porém, foi pouco abalada.
Em sua clássica obra, A Era do Capital, o historiador Hobsbawm nos fornece uma série de argumentos que nos fariam acreditar que, por fim, no século XIX a Religião estava derrotada, porém ele mesmo contraditoriamente afirma que até mesmo entra muitas pessoa cultas a religiosidade e o culto permaneceram. Inclusive alguns estudos afirmam que este foi o período em que as camadas mais pobres tiveram a oportunidade de descobrir uma religiosidade mais legítima: nacional, protestante, de língua nativa, etc. Nas palavras de Hobsbawm:
“(...)Na medida em que as classes médias estavam em questão, o declínio da religião era, como vimos, inibido não apenas pela tradição e fracasso em larga escala do racionalismo liberal em fornecer um substituto emocional coletivo para o ritual e a fé religiosa (exceto talvez através da arte), mas também pela relutância em abordar um pilar de estabilidade, moralidade e ordem social tão valioso, talvez tão indispensável(...)” 
O homem, não sabe viver distante da ‘transcendência’ ou sem procurá-la. Gostaria de aqui recordar o caso de Augusto Comte, grande estudioso, proponente de muitos métodos científicos, criador de uma gama de ‘ciências humanas’ e grande filósofo, que em seus últimos anos dedicou-se a estruturar aquilo que deliberadamente chamou de “Religião da Humanidade”. Ela à semelhança das demais religiões possui dogmas, cultos e regimes, templos e capelas; sacramentos,sacerdotes e assim por diante. Todavia, uma particularidade distingue-a radicalmente: ela é uma religião "positiva" ou "científica", no sentido de que não venera um ser superior sobrenatural.
Comte nos pareceria como um caso isolado de desvaneio cenil, se não houvesse sido seguido por muitos na estruturação de tal igreja que possui templos em vários lugares do mundo. É claro que hoje tal estrutura encontram-se em instinção, pelo poder de apelo da concorrência e desvaneio da idéia inicial.
Mas ainda assim quem lê este artigo pode imaginal que Conte possa ter sido o único ater tal alusão, de dentro do ‘laico’, construír algo que imitasse ou recorresse ao religioso. Falo das mas diversas sociedades secretas que surgiram, ou pelo menos alastraram-se na Europa e na América por este período. Estas instituições, por detrás de suas encurtinas ‘lojas’, guardavam em suas fileiras, o qua havia de mais ‘racional’ ou ‘científico’, dentre os intelectuais e políticos.
“(...)A metade do século XIX está plena de rituais laicos inventados, especialmente nos países anglo-saxônicos, onde sindicatos elaboraram faixas alegóricas e certificados.Sociedades de ajuda mútua, cercada por sua vez com parafernália da mitologia e do ritualismo nas suas “lojas”,membros da Klux-Klan, Organgemen e outras ordens políticas menos “ secretas” exibiam suas vestimentas. A mais antiga e sem dúvida a mais influente de todas as sociedades secretas, ritualizadas e hierarquizadas estava de fato comprometida com o pensamento livre e o anticlericalismo pelo menos fora dos países anglo-saxônicos: os francos-maçons(...)” 
Se estes poucos dados levantados, podem nos mostrar, ou levar a alguma conclusão, talvés esta seja que o ser humano ainda não está pronto, ou nunca estará, para abandonar o conforto e a segurança que as relações (que atualmente chamam-se de ) míticas proporcionam. A ordem e a justificativa pela fé ainda eram, na Era do Capital, e ainda são, nos dias de hoje, o conforto e a esperança de uma multidão.
O autor Volker Elis Pilgrim, em uma de suas obras, na qual faz uma bibliografia crítica da vida pessoal de Karl Marx, vai mais a fundo e afirma que este grande ícone do pensamento ateu nada mais é do que o resultado de uma esperança mítica de justificação pela ação cientícica, que lhe foi incutida, inculcada, desde a infância pelos pais, que distantes da sua fé de origem, o judaísmo, sentiam esta necessidade.
Pilgrim afirma que os pais de Marx eram advogado, e que por serem judeus estavam proibidos de exercer suas funções dentro do país:
“(...)Ou procurava um outro trabalho e enfrentava um futuro incerto ou saía da comunidade de fé judaica, assegurando para si, dessa maneira a prosperidade já conquistada. Hirschel e Henriette decidiram-se pela segunda alternativa. Hirschel converteu-se primeiramente ao protestantismo. O seu batismo deve ter sido realizado antes do dia 1o de março de 1818.(...)” 
O traumático resultado foi:
“(...)Segundo as regras ortodoxas (judaicas) o abandono da religião significa a morte social. “ Um judeu que renega sua fé comete um pecado grave, pois não é apenas culpado no sentido pessoal e sim trai seu povo e seus ancestrais.Ele é tratado pelos membros da sua família e pelos seus companheiros de fé como um falecido. Karl nasce no meio dessa situação de conflito da família.(...)” 
Como conseqüência os pais de Marx colocaram suas esperanças em uma espécie de compensação:
“(...)O seu filho nascido nesse momento deveria tomar a si a reparação, deveria justificar a sua decisão a posteriori, tornar-se um bom pai(novo), que concorda com o passo que deram, um “rabino secularizado”(...)” 
Ensinado a odiar o cristianismo desde a infância e vítima de grande ódio da comunidade judaica (parentes), desde jovem Marx constrói textos expressando esta raiva e no período da maturidade em suas teses econômicas e sociais, ele afirmará que “A Religião é o Ópio do Povo”.
As conclusões que podemos chegar variam muito, porém quero salientar que nada do que um período vive e de suas idéias expressam pode ser isolado das influências que sofria. Neste caso uma das formas de influência é a negação. A Influência oposta, que ocorre quando alguma ideologia nos traumatiza com sua incoerência ou total desleixo com nossas necessidades. Foi o caso do Catolicismo Medieval, e suas terríveis façanhas, ao qual devemos tudo o que surgirá em contraposição a ele.



Cresce o protestantismo independente.
Partindo do princípio de que as populações não vivem sem experiências e vivências religiosas, e que muitas delas já possuíam uma repulsa pelas instituições eclesiásticas tradicionais, podemos compreender o grande crescimento de igrejas protestantes independes e nacionais, que possuíam culto e bíblias em língua nativa, que falavam a linguagem de seu povo e iam ao seu encontro.
O fato é que apesar de muitos historiadores (tais como Hobsbawm) menosprezarem os ocorridos religiosos deste século, estes foram muito diferentes de tudo do que ocorreu anteriormente na Europa. E, segundo minhas pesquisas em muitas fontes, ao mesmo tempo que a Europa vivia sua “era do capital”, ou sua “primavera dos povos”, mudanças e conquistas sociais, também floresciam muitos grupos e lideranças de um movimento que também veio a transformar a forma de viver destas populações: o protestantismo.
Faço abaixo um breve apanhado dos acontecimentos relativos a este crescimento protestante e aos evangelistas que foram responsáveis por ele nos principais países da Europa.
Na França:
“(...)Napoleão Bonaparte concedeu a liberdade e reconheceu a Igreja protestante, mas ligada ao Estado, e paga pelos fundos nacionais. No século XIX esta Igreja foi dividida, e os mais fieis separaram-se do Estado(...)” 
Na Inglaterra:
“(...)No ano de 1859 houve uma revivificação no Norte da Irlanda e no Norte da Escócia, e a Inglaterra sentiu seu efeito. Durante dez anos em seguida houve uma grande onda de evangelização no país, e muitos foram convertidos. Poucos anos depois veio D.L. Moody da América do Norte para suas campanhas de pregações, e com ele Sankey, o cantor evangélico. Visitaram todas as cidades principais dos três reinos, e milhares foram convertidos. Nos maiores salões das cidades não cabia metade do povo que queria assistir às suas pregações(...)” 
Nas áreas urbanas inglesas:
“(...)Preocupados com o clamor dos pobres, Willian Booth e sua esposa, Catherine fundaram em 1865 uma missão aos pobres, localizada em um área periférica de Londres, o East End. Aquele começo em uma humilde tende deu início ao Exército de Salvação (...) ao redor do casal de evangelistas estavam lares superlotados, nos quais havia violência familiar, bebedeira prostituição e desemprego. A prosperidade marca da classe média vitoriana, não se estendia a região de East End(...)” 
Na Escócia:
“(...)Havia lugares remotos das cidades grande, no Norte da Escócia, onde o povo continuava meio-selvagem. A revivificação de 1859 alcançou estes lugares(...)” 
Na Suíça:
“(...)Nos princípio o século XIX houve um avivamento espiritual. Roberto Haldane, um escocês, pregou em Genebra, e diversos estudantes de Teologia receberam uma grande bênção espiritual; como Malan, Teodor Monod, Merle d’Aubigné, que vieram a ser pregadores notáveis, havendo o último escrito a “História da Reforma” obra traduzida em diversas línguas(...)” 
Itália:
“(...)(Conde) Guicciardini foi convertido desta maneira, e achando grupos de crentes, que eram pessoas humildes, reuniu-se a eles. No ano de 1851 foi promulgada uma lei, instigada pelos jesuítas, proibindo as reuniões e o Conde foi obrigado a sair de sua pátria, e ir para a Inglaterra, onde gozava de comunhão com os crentes. Ele foi o meio da conversão de um patrício de nome Rosseti. Quando veio a liberdade, no ano de 1871, Guicciardini voltou à Itália, pregou e ensinou até a sua morte(...)” 
Na Irlanda:
“(...)João Nelson Darby, (era) um ministro da igreja Irlandesa, cargo que deixou para ministrar a Palavra de Deus em diversos países. Outro pregador independente, no princípio do século XIX, foi Gideão Ousely, que viajava a cavalo e pregava mesmo a cavalo nas aldeias e cidades. Pertencia a uma antiga família irlandesa de boa posição, mas associava-se com os humildes camponeses, conversando sobre o Evangelho de maneira muito simples. Um ministro evangélico independente chamado Thomas Kelly, formou diversas congregações na Irlanda no princípio do mesmo século, e escreveu muitos hinos que estão em uso geral na língua inglesa, e alguns estão traduzidos em português. No Norte, no Ulster protestante, no ano de 1859, houve um revivificação, e nesta ocasião centenas de pessoas foram convertidas entre todas as classes(...)” 
Na Rússia:
“(...)Membros da Sociedade dos Amigos (Quakers) visitaram a Rússia e foram bem recebidos pelo Tsar, que sempre mostrou muita amizade a esta denominação (...) O Imperador concedeu todas as facilidades à Sociedade Bíblica Britânica para propagar a Palavra de Deus em seu vasto domínio. A Sociedade, enviou um agente chamado Melville, que didicou 60 anos de sua vida a divulgação das Escrituras na Rússia(...)” 
Nos Estados Unidos:
“ (...)Seguindo os passos da tradição avivalista, estabelecida por Charles Finney, Moody trouxe o evangelismo para a era industrial. Pregava um evangelho simples, livre de divisões denominacionais. Isso expandiu sua influência, assim como o apoio que recebia. Moody fez alianças de peso com comerciantes respeitáveis,que foram os líderes da nova geração, e não os pregadores. Ele insistia que os homens colocassem suas riquezas em boas causas, como cuidar dos pobres em áreas urbanas. Moody trouxe técnicas de negócios para o planejamento evangelístico(...)”

SÉCULO XX:

O Século XX é marcado por concuminar a experimentação de muitas coisas que foram inventadas, desenvolvidas ou teorizadas nos últimos séculos por muitos filósofos, cientistas e políticos. O resultado, porém não foi sempre o melhor. Só para recordarmos o século XX de uma forma geral eu poderia citar alguns termos que nos trazem memórias: Industrialização, Neocolonialismo, Aviação, Automóvel, Primeira Guerra Mundial, EUA, Crise de 1929, Comunismo, Facismo, Nazismo, Segunda Guerra Mundial, Bomba Atômica, URSS, Guerra Fria, Ditadura, Hippies, Punkes, Anti-consepcional, Sexo, Vietnã, China, Coréias, Cuba, Queda do muro de Berlim, Aquecimento Global, Neoliberalismo, etc...
Este foi o século em que houve o auge do pensamento modernista no mundo todo. As pessoas foram levadas a crer cegamente na ciência, na política, no nacionalismo, etc. Parecia que o mundo estava em um avanço rumo a um futuro de paz e justiça, onde a ciência explicaria tudo e que o homem se livraria de Deus.
As muitas guerras, o efeito colateral do mal uso da industrialização, a falência do comunismo, a corrupção generalizada na política, e a ineficiência da ciência para responder a questionamentos profundos da humanidade, somado ao vazio existente em uma sociedade altamente consumista levou o mundo a uma gradual derrocada do modernismo, que abre as portas para o pós-modernismo. Onde o mundo passa a ser visto sob uma confusão de óticas antagônicas e onde o relativismo impera. Onde há uma perceptível falta de rumo para a humanidade.
Para estudar a História do Cristianismo no século XX é necessário percebermos que a Igreja está horas sofrendo influência deste mundo a sua volta e horas resistindo e combatendo o mesmo. Fato é que a Igreja do século XX agirá sobre este pano de fundo.

1906 – INICIO DO PENTECOSTALISMO NO AVIVAMENTO DA RUA AZUSA.
Los Angeles Times, 1906:
“Com gritos estranhos e pronunciando coisas que aparentemente nenhum mortal em seu juízo normal pudesse entender, teve início, em Los Angeles, a mais recente seita religiosa. As reuniões acontecem em um prédio decadente da rua Azusa, e os devotos de doutrinas estranhas praticam os ritos mais fanáticos, pregas as mais extravagantes teorias e se colocam em um estado de louca euforia quando se entregam ao fervor pessoal”
- William J. Seymour (fundador) – pregador batista negro, havia sido aluno de Parham, fundador de muitas escolas bíblicas que pregava o avivamento e o dom de línguas.
- Antes deste movimento Finney, Moody e o movimento Holiness haviam dado início a um avivamento, William, porém, dava mais um passo, incentivando o batismo pelo Espírito Santo.
- O Movimento, inicialmente assumiu o nome “Missão Evangélica da Fé Apostólica”.
- Outros líderes possuíam ministérios de avivamento espalhados pelos EUA. No sul muitos de uniram e passaram a se auto denominar “Fé Apostólica”, o movimento cresceu muito e logo passou a se chamar “ Igreja de Deus em Cristo”, que já tinha ao todo 352 ministros. Em 1914 passou a se chamar “Assembléia de Deus”.

1910 – LANÇADA OBRA “OS FUNDAMENTOS”
- Obra organizada por a A. C. Dixon, e escrita por muitos líderes e estudiosos de Teologia dos EUA.
- É uma contraposição às inovações que estavam sendo agregadas a Fé Cristã, principalmente quando muitos líderes questionavam a veracidade da bíblia e aderiam ao modernismo, ao evolucionismo, etc.
- Deu origem os movimento Fundamentalista em 1920, que uniu igrejas conservadoras de toda a América.
- Principais pontos das Obras: A Inerrância da Bíblia; O Nascimento virginal de Jesus; a Deidade de Cristo; A morte Vicária de Cristo; A ressurreição física de Cristo; O retorno corpóreo de Cristo;

1921- TRANSMISSÃO DO PRIMEIRO PROGRAMA RADIOFÔNICO CRISTÃO
- A KDKA foi a primeira emissora de rádio dos EUA e carecia de programação. Decidiram assim transmitir um culto de alguma igreja em um domingo pela manhã.
- Isto ocorreu na Igreja Episcopal do Calvário, em Pittsburgh. Quem pregou neste dia dia foi Lewis B. Whittemore.
- O programa foi tão bem quisto que se tornou semanal.
- Outro pregador, Paul Rader chegou a locar uma rádio inteira todos os domingos, por 14 horas e trazer pregações e canções cristãs. A esta programação ele deu o nome Onde Jesus Abençoa Milhares. Depois dele muitos outros pregadores partiram para o rádio, entre eles R.R. Brown.

1945 – BONHOEFFER É EXECUTADO POR HITLER



1949 – GRANDE CRUZADA BILLY GRAHAM EM LOS ANGELES



1960 – RENOVAÇÃO CARISMÁTICA EM IGREJAS TRADICIONAIS


1962 – CONCÍLIO VATICANO II


1963 – MARTIN LUTHER KING LIDERA MARCHA A WASHINGTON


ANOS 60 E 70 – CRESCIMENTO DA IGREJA CHINESA
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